O autônomo Neilson Santos enfrentou um grande alagamento para entrar na casa onde mora, na cidade de Itamaraju, no extremo sul da Bahia, para salvar duas imagens de Nossa Senhora Aparecida. As santas estavam prestes a serem estragadas pela chuva.
”Eu tenho uma bíblia lá que não consegui, que já estava molhada e eu não consegui achar. É proteção né? Ela protege a nós todos”, disse o devoto.
Em Itamaraju choveu 527 mm nos dez primeiros dias de dezembro. Em 2020, no mesmo período choveu apenas 13mm.
O rio Jucuruçu está seis metros acima do nível normal. O nível do rio do Puro também subiu bastante. Cinco comunidades ribeirinhas ficaram alagadas.
”A minha casa, felizmente é uma casa de laje, o que nós conseguimos resgatar da parte de baixo para a parte superior, eu consegui resgatar, mas o que ficou da parte inferior foi danificada”, contou Marcos Oliveira.
Moradores de Jucuruçu, cidade que fica próxima de Itamaraju, ficaram ilhados após o temporal que atingiu a região desde quinta-feira (9) e precisaram ser resgatados por helicóptero. Segundo a prefeitura, mais de duas mil pessoas ficaram desabrigadas e 1.200 desalojadas.
De acordo com a prefeitura, vários distritos foram completamente inundados e todas as pontes que ligam a cidade a outros municípios caíram. No início da tarde, os primeiros moradores que estavam isolados começaram a ser resgatados.
A prioridade foram pessoas que precisavam de tratamento médico, entre elas uma mulher grávida de nove meses e um homem que foi picado por uma cobra. Elas foram levados para Itamaraju, município que fica na mesma região.
A Prefeitura de Jucuruçu informou que falta alimento e água potável para os moradores da cidade. O município entrou em estado de calamidade pública.
A prefeitura da cidade fez uma campanha de doações para os moradores. As informações são do G1