O senador Delcídio Amaral (PT-MS), investigado na Operação Lava-Jato, citou cinco colegas de Senado em sua delação premiada. Entre eles estão o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Aécio Neves (PSDB-MG), segundo reportagem publicada hoje pelo jornal O Globo. Além deles, foram citados Romero Jucá (RR), segundo vice-presidente do Senado; Edison Lobão (MA), ex-ministro de Minas e Energia; e Valdir Raupp (RO). Renan, Jucá, Lobão e Raupp já são investigados em inquéritos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O acordo de delação de Delcídio, firmado junto à Procuradoria Geral da República (PGR), ainda precisa ser homologado pelo STF, mais especificamente pelo ministro relator da Lava-Jato, Teori Zavascki. O senador petista prestou os depoimentos enquanto esteve preso preventivamente em Brasília. Na delação premiada, Delcídio citou episódios envolvendo seus colegas de Senado. Sobre Aécio, falou sobre a atuação do tucano numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas o seu detalhamento está sob sigilo. No caso de Renan, ele confirmou a atuação do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) em nome do senador. A assessoria de Renan sustentou que ”nunca autorizou, credenciou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros”. Já Aécio Neves, postou um vídeo em sua página do Facebook respondendo à informação de que seu nome teria sido citado por Delcídio. ”Estamos assistindo hoje mais uma vez a tentativa de vincular a oposição e meu nome à Operação Lava-Jato. Outras tentativas foram desmascaradas porque eram falsas. Esse escândalo tem DNA, é do PT e dos seus aliados”, afirma. Leia mais