O ex-governador Paulo Souto (DEM) desafiou o presidente do PT, Everaldo Anunciação, a apresentar provas de que o Instituto Brasil foi contratado durante a gestão dele. Além disso, provocou o dirigente petista a apresentar “um simples pagamento feito ao Instituto Brasil”. O desafiou foi aceito e na tarde dessa terça-feira (23) surgiram documentos que comprovam que o contrato nº 1581 de 2005 foi firmado com a ONG, no valor de R$ 147 milhões. Em 15 de junho daquele ano o governo de Paulo Souto pagou R$ 696.648,75 para o Instituto Brasil. “As máscaras estão caindo”, disse o presidente do PT. “A ex-presidente da entidade Dalva Sele Paiva montou uma farsa, Veja publicou e o DEM está utilizando de forma eleitoreira”. Outro contrato, de número 3827 também feito entre o Instituto de Dalva Sele Paiva e a gestão de Paulo Souto, rendeu pagamento de R$ 30.880,12 em 28 de dezembro de 2005 à ONG. “Essa farsa eleitoral montada pelo DEM será desmontada e a verdade prevalecerá”, disse Anunciação. O Instituto Brasil, conforme documentação, recebeu mais R$ 69.648,25 em 20 de junho de 2005, Investigada há quatro anos pelo Ministério Público Dalva nunca apresentou qualquer documento ou fez declaração citando nomes das pessoas as quais ela envolveu na entrevista de Veja. Segundo o presidente do PT na Bahia, as denúncias de um suposto esquema envolvendo a ONG Instituto Brasil e petistas baianos, que teriam sido beneficiados com dinheiro desviado do Fundo de Combate à Pobreza, é uma “sórdida armação política”. “Como depois de quatro anos sendo investigada pelo MP, essa senhora tem seus bens bloqueados pela Justiça, acumula dívidas, inclusive judiciais, e mesmo respondendo a 17 processos, de uma hora para outra, quita todas suas pendências financeiras e ainda consegue dinheiro para viajar para a Europa?”, questiona Anunciação.