O advogado do ex-deputado federal Luiz Argolo (ex-PP e ex-SD), Pedro Scavuzzi, ameaçou, na noite desta sexta-feira (9/10), deixar a profissão se tiver algum documento provando que o ex-parlamentar recebeu propina do esquema da Petrobras, conhecido como ”Lava Jato”. ”Largo minha profissão se tiver qualquer prova no processo que Luiz recebeu propina no esquema de corrupção da Petrobras”, disse Scavuzzi, em entrevista ao site Bocão News. Ainda na entrevista, o advogado classificou como ”má-fé para gerar mídia” o pedido do Ministério Público Federal (MPF) à Justiça para que Argolo cumpra pena de mais de 30 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato. ”Esse não é o papel do Ministério Público. Esperávamos outra posição do MP, reconhecendo a verdade de que Luiz não teve nenhuma relação com o esquema da Petrobras. Todos no processo falaram isso até os delatores, inclusive, Ricardo pessoa e Youssef”, afirmou. Nas alegações finais, o MPF acusa o ex-deputado federal de receber ao menos R$ 1,2 milhão de Youssef e chegou a ser sócio do doleiro em uma das empresas usadas para lavar dinheiro da Petrobras. Os repasses eram feitos desde 2011 e a maior parte, entregue em espécie por Rafael Ângulo Lopez no apartamento funcional em Brasília do então parlamentar. Ao Bocão News, o advogado voltou a afirmar que Luiz Argolo nunca foi sócio do doleiro Youssef, apenas vendeu um terreno de R$ 2 milhões em meados de 2011, que pagou de forma parcelada. ”Rafael disse em depoimento que todos os valores pagos a Luiz Argolo estão na planilha, mas estes não pagam sequer o valor do terreno. Inclusive, tem valores na planilha que não foram para Luiz Argolo, mas sim para pagar uma compra do próprio Alberto a uma empresa em máquinas da Bahia”, afirmou. ”Para Luiz, só houve o pagamento de cerca de R$ 1,1 milhão pelo terreno que foi vendido por R$ 2 milhões. Foi os valores que recebeu, fora o negócio do helicóptero que foi outro negócio privado”, acrescentou.