Cassado pela Câmara na última segunda-feira (12), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco — homem forte do governo de Michel Temer —, está por trás de irregularidades na operação de financiamento das obras do Porto Maravilha, no Rio. Classificando Moreira como ”cérebro” da gestão Temer, Cunha declarou ao jornal Estado de S. Paulo, que o novo plano de concessões ”nasce sob suspeição” e deu sinais de que pode atingir o presidente. ”Na hora em que as investigações avançarem, vai ficar muito difícil a permanência do Moreira no governo”, disse. Cunha, suspeito de ter cobrado R$ 52 milhões da empreiteira Carioca Engenharia para liberar verbas do Fundo de Investimento do FGTS, ainda criticou Temer por ”aderir ao programa de quem perdeu eleição” e negou sua saída do PMDB. ”Por que vou sair? Minha guerra não está perdida. Ainda está só começando”, concluiu.