A presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria (PSB), prefeita de Cardeal da Silva em seu segundo mandato, foi entrevistada pelo jornal Tribuna, onde falou das dificuldades enfrentadas pelos gestores baianos em tempos de crise econômica e quais são os principais obstáculos que os prefeitos precisam driblar para não caírem na malha fina do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Segundo Quitéria, os gastos com folha de pagamento e os programas federais que são custeados com recursos das prefeituras são os maiores causadores de infrações cometidas por prefeitos que ultrapassam o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para ela, o poder público municipal, com o pacto federativo que veio criando obrigações, foi recebendo obrigações como serviços de Samu, PSF, Cras, Creas, um contingente de mais de 300 programas federais que foram criados e os municípios foram absorvendo, criando uma demanda que hoje resulta em um colapso. ”Se a gente não conseguir nova alternativa de recursos para os municípios, a crise que nós estamos vivendo este ano, já no fechamento dessas contas, vai ter um período de muito desgaste comprometendo as eleições do ano que vem”. A presidente da entidade falou ainda sobre o polêmico encontro de prefeitos realizado em um resort de luxo na cidade de Camaçari e que chamou a atenção da imprensa internacional. ”Hoje, a gente pensa em não fazer o próximo ou mudar o formato”, reconhece a presidente da UPB.