Uma pessoa morre a cada 37 segundos por complicações de coágulo sanguíneo, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estes coágulos podem chegar ao pulmão e obstruir as artérias do órgão, causando a Embolia Pulmonar. De acordo com o médico pneumologista João Moysés, em entrevista nesta quarta-feira (20) ao Isso é Bahia, programa da A TARDE FM, a Covid-19 pode não só agravar casos já existentes de embolia pulmonar, como facilitar o surgimento da doença.
Isso acontece porque a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (sars-cov-2), pode causar uma forte inflamação no organismo, desgastando o sistema imunológico do paciente.
”A inflamação causada pela Covid-19 parece causar uma resposta descontrolada no sistema imunológico, que causa uma ativação excessiva de macrófagos, que são células sanguíneas. Eles, por sua vez, podem deixar o sangue mais grosso, criando coágulos causadores da embolia pulmonar”, explica o pneumologista.
Coagulante como tratamento
O pneumologista João Moysés ressalta que o uso de anticoagulante no tratamento da Covid-19 tem se mostrado eficaz, já que evita que os pacientes criem os coágulos e, em consequência, também evita o surgimento de uma embolia pulmonar.
Contudo, o médico também alerta que o medicamento é para ser usado em pacientes com casos mais graves do novo coronavírus e deve sempre ser receitado por um médico.
Prevenção
Ainda segundo João Moysés, os casos mais leves da Covid-19 podem prevenir o aparecimento da embolia pulmonar estando em casa e sem o uso de medicamentos.
”Os que estão em casa, com casos leves, podem diminuir os riscos evitando a obesidade, o uso de anticoncepcional e hormônio e a falta de exercício físico”, comentou o pneumologista durante a entrevista ao Isso é Bahia.
Logo, é recomendado que pessoas com Covid-19 procurem fazer uma dieta, mantendo a alimentação saudável, façam exercícios físicos, mesmo dentro de casa, e entrem em contato com um médico para saber se é possível parar o uso de anticoncepcionais ou hormônios.
”Embolia pulmonar é uma doença de alta mortalidade, não tratada ela pode atingir até 30% dos pacientes. Até tratando, ela tem uma taxa de mortalidade considerada alta, que é de 8%. Por isso é importante prevenir”, conclui João Moysés. Com informações do A Tarde