Cortar políticas sociais é retomar agenda de derrotados em 2022, diz Executiva nacional do PSOL em nota

Paula Coradi é a presidente nacional o PSOL. Foto: Reprodução

A Executiva nacional do PSOL divulgou nesta terça-feira (12) nota na qual critica medidas de ajuste fiscal que representem cortes nas políticas sociais e afirma que isso representaria a interdição do programa de reconstrução do país eleito nas urnas em 2022 e a retomada da agenda dos setores derrotados.

No documento, o partido afirma que, nas últimas semanas, a pressão do mercado financeiro sobre o governo aumentou, com a defesa de temas como a vinculação do salário mínimo e dos benefícios sociais ao crescimento econômico.

Para o partido, cortar gastos sociais pode mergulhar o país na recessão, ao reduzir o consumo das famílias e aumentar a pobreza e a desigualdade, além de minar o apoio popular ao governo Lula, “pavimentando o caminho para o retorno da extrema direita ao poder”.

”Por isso, como parte da coalizão vitoriosa na última eleição presidencial, o PSOL rejeita qualquer medida que preveja cortes de direitos”, escreve a legenda. O PSOL diz que o equilíbrio das contas públicas deve ser alcançado com a ampliação de receitas, e não com o corte de gastos.

”Como nossa bancada tem defendido, isso se dá com medidas como a revisão das desonerações fiscais, a conclusão da segunda etapa da reforma tributária, a taxação de grandes fortunas, o combate aos supersalários, assim como a redução da taxa de juros, que drena recursos para a manutenção dos ganhos financeiros”, indica o partido, que conclui dizendo que vai lutar para que o ”programa eleito nas urnas seja protegido de qualquer ataque especulativo.”

*por Fábio Zanini, Folhapress