CONVALE: Com alteração no estatuto, Nelson Portela resiste a abrir mão de candidatura e diz que chapa está montada

Nelson Portela mantém candidatura à presidência do CONVALE. Foto: BMF

O tão esperado consenso entre os prefeitos que disputam a liderança do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jiquiriçá parece estar longe de acontecer. Após o prefeito reeleito de Irajuba reafirmar sua candidatura ao cargo da entidade que congrega 20 municípios, inclusive o de Lagedo do Tabocal, Marquinhos Senna (PP), que desiste para lhe apoiar e dizer que busca o voto do prefeito eleito de Maracás, Nelson Portela (PT), o mandatário da Cidade das Flores reagiu afirmando que vai manter a candidatura à presidência do CONVALE, que tem sua sede em Maracás.

Em entrevista ao BMF, Portela, que durante os últimos 09 anos foi coordenador dos consórcios de saúde do Estado, e que voltará ao poder Executivo da sua terra natal em (1º) de janeiro, depois de vencer uma eleição emblemática em Maracás, cidade governada por ele por dois mandatos consecutivos até 2012 se diz conhecedor da gestão consorciada e segue a contestar as regras exigidas pelo estatuto do CONVALE, de que apenas prefeitos reeleitos devem disputar. Nelson volta a questionar alteração das regras em 12 de setembro deste ano e que isso seria inconstitucional. Ele acusa a atual gestão do Consórcio de promover a alteração de maneira proposital para dificultar sua candidatura. O atual presidente, que deixará o cargo no próximo dia (31), Danilo Italiano (PSD), gestor de Nova Itarana, nega irregularidade no processo.

Diante do impasse, Portela se movimenta e revela que sua chapa, assim como a de Sampaio, também já está montada. O curioso é que, um dos integrantes da chapa anunciada por Nelson, Marcos Queiroz (PP), de Milagres, é também prefeito eleito, não reeleito e o mesmo é anunciado por Sampaio como vice da outra chapa. ”Consenso a gente pode ter, sentar e conversar. Já conversamos, mas me parece que não vai haver. A minha chapa está montada também, meu vice é Sandro (PT) de Santa Inês e Marcos de Milagres. Marcos não pode ser candidato das duas chapas”, disse Nelson, que reagiu com risos. Ao ser questionado sobre a manutenção do estatuto, o que poderia inviabilizar a sua candidatura, Portela deu sinais de que o caso pode ir para na Justiça ao dizer que tem advogados. ”Eu disse na campanha que se eu ganhasse as eleições em Maracás eu seria candidato a presidência do consórcio. Estou tentando um consenso com Sampaio, que é meu amigo, para que a gente entre em consenso, eu fico dois anos agora e ele dois anos depois, para não ter que bater chapa. Houve uma alteração, uma coisa inconstitucional, proposital, para que só pudesse ser candidato prefeito reeleito. Imagine, se nenhum prefeito conseguisse se reeleger, o consórcio estaria sem presidente? Questiona, e conclui. ”Eu tenho assessoria jurídica, eles devem ter também, eu trabalhei com consórcio durante nove anos, entendo de lei de consórcio”.