Ao diagnosticar crianças nascidas com defeitos associados ao consumo de álcool, como a síndrome alcoólica fetal, um artigo relatou que alguns estudos mostraram que o uso de álcool pelos homens também pode impactar a saúde do bebê.
O pesquisador Michael Golding, professor da Universidade Texas A&M, nos EUA, indicou que o consumo de álcool pelos homens também pode afetar a saúde da criança. Em artigo recente no The Conversation, o pesquisador apresenta alguns estudos feitos por ele e sua equipe nessa área, além de outros que podem ajudar a moldar uma nova visão sobre o tema
Segundo publicação do Terra, o pesquisador apontou que o esperma carrega uma enorme quantidade de informações epigenéticas, ou seja, alterações na forma como os genes são expressos que impactam o desenvolvimento fetal. Apesar disso, a maioria dos profissionais de saúde não consideraram o estilo de vida paterno ao analisarem o desenvolvimento infantil
Desde a década de 1980, médicos têm alertado que o uso de álcool por mulheres na gravidez pode causar defeitos físicos e problemas mentais nas crianças. É estimado que 1 em cada 20 crianças em idade escolar nos EUA pode ter alguma forma de distúrbio do espectro de desordens alcoólicas fetais, um termo que se refere a uma ampla gama de deficiências físicas, de desenvolvimento e comportamentais relacionadas ao álcool.
A síndrome alcoólica fetal é a mais grave delas, e está relacionada a três principais defeitos de nascimento: anormalidades faciais, incluindo olhos pequenos e malformações no meio do rosto; redução do crescimento da cabeça e do cérebro; e restrição do crescimento fetal, uma condição que ocorre quando os bebês nascem menores do que a média.