Com os professores da rede municipal de Salvador decididos a continuar em greve, o prefeito ACM Neto (DEM) voltou a apontar que o movimento é ”estritamente político”. A paralisação já dura 15 dias, mas, de acordo com o democrata, apenas 11% das escolas não funcionaram na terça-feira (24). ”Nós já cortamos o ponto daqueles que não trabalharam nos últimos dias. Já tiveram seu ponto cortado, não é a medida que eu desejo”, frisou o prefeito da capital baiana durante coletiva de imprensa, na manhã desta quarta (25). A prefeitura ofereceu 2,5% de reajuste salarial, mas a proposta não foi aceita pela categoria. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia em Salvador (APLB-Salvador), Elza Melo, comentou com o Bahia Notícias que a oferta não contempla aposentados e contratados via Regime Especial de Direito. Eles reivindicavam 12,41%, mas reduziram o pedido de reajuste para 6,8% com 2,5% de avanço na referência. Por outro lado, ACM Neto afirma que essa oferta ocorre nove meses após o último reajuste e critica a diferença de tratamento dado à prefeitura da capital baiana em comparação com a gestão do governador Rui Costa (PT). ”Nós estamos dando mais do que o governo do Estado concedeu e no governo do Estado não tem greve porque a greve é patrocinada pelo PCdoB, pelo PSOL e pelo PT”, acusa. Dessa forma, o prefeito adianta que só vai se reunir para discutir com a categoria quando a greve for suspensa. Até lá, a APLB segue em rodadas de negociações com os secretários de Gestão, Thiago Dantas, e de Educaçao, Bruno Barral. Segundo o sindicato, Dantas ficou de avaliar a realização de uma nova proposta. As informações são do site Bahia Notícias