Com a oficialização, nesta quarta-feira (13), das desistências de Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito, o deputado Hugo Motta, líder do Republicanos, surge até aqui como o único nome com candidatura colocada para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. A eleição do novo presidente acontecerá nos primeiros dias do mês de fevereiro de 2025.
Além de abandonarem a disputa, as bancadas do União Brasil e do PSD na Câmara decidiram também oficializar seu apoio ao deputado Hugo Motta. Com isso, a aliança em torno do candidato apoiado por Arthur Lira já soma 17 partidos: PSD, União Brasil, PP, Republicanos, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB e Podemos.
Somadas, as bancadas que apoiam Motta representam no momento 488 deputados. Entretanto, o apoio formal dos partidos não assegura automaticamente a adesão dos respectivos integrantes, até porque o voto é secreto e individual.
Somente três partidos ainda não decidiram apoio a Motta: o Avante, o Novo e o Psol. Nas últimas eleições para a Mesa Diretora da Câmara, Novo e Psol apresentaram candidatos, e discussões internas nesses partidos indicam que poderão repetir a estratégia em 2025.
Se Hugo Motta conquistar todos os 488 votos da coalização de partidos que o apoiam, ele baterá a votação conquistada por Arthur Lira em 2023 e se tornará o recordista na história da Câmara dos Deputados. Na eleição passada, Lira foi apoiado por um bloco parlamentar reunindo 20 partidos, incluindo duas federações, e obteve 464 votos, a maior votação absoluta de um candidato à presidência da Câmara.
Lira, entretanto, não é o recordista na votação proporcional. O deputado alagoano obteve 91% dos votos válidos, e perde neste quesito para o gaúcho Ibsen Pinheiro. Na eleição de 1991, Ibsen, do PMDB, conquistou 96% dos votos válidos.
Para ultrapassar o recorde de Ibsen Pinheiro e chegar a 97% dos válidos, Hugo Motta teria que conquistar 497 votos, número acima dos 488 dos partidos que o apoiam. Se chegar aos 488, Motta alcançará uma votação proporcional de 96,5%.
Na disputa pela Presidência da Câmara em 2023, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), lançado pela Federação Psol-Rede, obteve 21 votos, e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) obteve 19 votos. Houve ainda cinco votos em branco.
Com informações do site Bahia Notícias