No início da tarde desta quarta-feira (13), o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, ao se pronunciar em solenidade de posse do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) como secretário nacional de Relações Institucionais e Internacionais do partido, disse que a legenda iria “explodir” nas eleições de 2026. Coincidentemente, algumas horas depois, um filiado da sigla, que foi candidato a vereador em 2020 por uma cidade de Santa Catarina, acabou explodindo uma bomba e morrendo em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal.
Valdemar Costa Neto disse que o PL iria “explodir” ao fazer um paralelo entre a eleição do republicano Donald Trump nos Estados Unidos e o desempenho de seu partido nas eleições municipais de 2024. O presidente do PL inclusive gravou um vídeo reproduzindo a dancinha que era feita por Trump nos comícios de campanha.
”Essa eleição nos Estados Unidos para mim foi surpresa, nem eu esperava que ocorresse dessa maneira. Como nós tivemos a nossa eleição para prefeito e vereador e tivemos a eleição nos Estados Unidos agora, vocês não tenham dúvida, em 2026, nós vamos explodir”, disse Valdemar.
O filiado do PL que explodiu a si mesmo na Praça dos Três Poderes em Brasília chamava-se Francisco Wanderley Luiz, que tem 59 anos e concorreu a uma vaga de vereador pela cidade catarinense de Rio do Sul, mas não foi eleito. No momento em que realizou a explosão, Francisco usava uma roupa semelhante à do personagem ”Coringa”, conhecido por interpretar um psicopata assassino.
Agora pela manhã, após o acontecimento em frente do STF, o presidente nacional do PL, disse que o partido não pode ser responsabilizado pelo ataque cometido por Francisco Wanderley Luiz. À Folha de S.Paulo, Valdemar Costa Neto confirmou que Francisco ainda era ligado ao partido, mas diz que não o conhecia, e ainda afirmou que o episódio revela que é preciso aumentar a segurança de prédios públicos em Brasília, porque poderia ter ocorrido uma tragédia.
”Temos quase 1 milhão de filiados no Brasil, claramente esse era um sujeito desequilibrado. Foi um caso isolado. Ele esteve na Câmara antes, poderia ter estourado uma bomba lá, olha o perigo. Tem tanta gente normal que comete loucuras, imagina alguém perturbado como esse cidadão”, afirmou Valdemar.