Problemas detectados no sistema prisional baiano foram discutidos nesta quarta-feira (18), em reunião que teve a participação da procuradora-geral do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado. O encontro aconteceu na sede do Tribunal de Justiça e foi conduzido pela presidente do órgão, desembargadora Maria do Socorro Santiago, que conclamou os integrantes do Sistema de Justiça Criminal a trabalharem juntos na busca de soluções que propiciem resultados práticos e ofereçam para a sociedade mais segurança e paz social. A procuradora Edilene, disse que o problema é todos os órgãos e também da sociedade baiana. ”Não podemos ter a ideia simplista de que o problema é apenas do Judiciário e do Ministério Público. Ele é de todos nós: MP, TJ, OAB, Defensoria, Poder Público e sociedade”, destacou Lousado, frisando que os órgãos estão unidos em busca de soluções. Ela assinalou que a conjugação de esforços contribuirá para o alcance efetivo de resultados para essa situação que existe há décadas. ”Nós estamos avaliando o requerimento que nos foi feito. Antes de entrar com pedido judicialmente para que seja fechada, vamos sentar, com todos os entes envolvidos, e conversar como a gente pode resolver sem mais um processo criminal”, disse, em entrevista coletiva, durante evento o do Tribunal de Justiça (TJ-BA) no qual se anunciou um mutirão carcerário no estado. A procuradora-geral reforçou que hoje o presídio de Itabuna, que possui 1.324 presos embora a capacidade seja para abrigar 670, é hoje o que mais preocupa o MP-BA. ”Há uma divisão de facções e a gente precisa ter um cuidado especial”, ressaltou. Força-tarefa – O Ministério Público da Bahia instituiu nesta quarta um Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Sistema Prisional, que tem como o objetivo acompanhar e propor medidas voltadas ao enfrentamento dos problemas relacionados ao funcionamento das unidades prisionais em âmbito estadual. ”O MP da Bahia está atento às recentes ocorrências de eventos relacionados ao deficitário funcionamento do sistema prisional brasileiro, que apresenta registros de expressivos crimes violentos cometidos por presos em estabelecimentos prisionais”, declarou Ediene Lousado.