Um menino de dez anos morreu depois de receber anestesia para fazer um exame de ressonância magnética em uma clínica de Feira de Santana. O caso aconteceu nesta segunda-feira (19/9). Os pais da criança registraram ocorrência na delegacia e a Polícia Civil vai investigar o que aconteceu. A criança morava em Utinga, município localizado na região da Chapada Diamantina, e distante cerca de 300 km de Feira de Santana. De acordo com o G1, a família informou que o garoto viajou só para fazer esse exame, que custou R$ 1.430. Os familiares do menino ainda não sabem o que provocou a morte dele. Os pais aguardam o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber o que provocou a morte da criança. O prazo é que o documento fique pronto em 45 dias. A lavradora Gesibel Lemos da Mota, mãe do menino Gilberto, relatou que ela e o filho chegaram na clínica onde o procedimento foi feito por volta das 8h30. Em seguida, segundo Gesibel, uma enfermeira fez uma espécie de entrevista para saber se o garoto tinha algum tipo de alergia. A mãe disse que não tem conhecimento de nenhuma rejeição do garoto a medicamentos e relatou que ele tomava remédio controlado. De acordo com a lavradora, logo depois da conversa com a enfermeira, a criança foi sedada para passar pelo exame. ”Aplicaram a sedação nele, depois ele começou a ficar molinho, depois ele começou a ficar sem ar. Aí os médicos tentaram reanimar ele, mas não conseguiram”, relatou Gesibel. Conforme a mãe, o garoto Gilberto já tinha passado por uma cirurgia no olho e outra no braço e não teve problemas. Gilberto era o único filho de Gesibel e do marido. ”Meu filho era a alegria da minha casa, era tudo na minha vida”, disse. A família informou que o garoto tinha dificuldade para falar, problemas de visão e raciocínio lento, por isso o médico que acompanhava a criança solicitou uma ressonância magnética do crânio. Conforme a o pai de Gilberto, o lavrador Gildásio Martins, foi o próprio neurologista que indicou a clínica em Feira de Santana onde o procedimento foi feito. Em nota, a clínica onde o caso aconteceu informou que o exame de ressonância magnética com sedação anestésica é realizado de forma rotineira e que qualquer procedimento feito sob indução anestésica tem riscos. Ainda em nota, a unidade médica afirma que, durante o exame, a criança apresentou um quadro de parada cardiorespiratória e que, imediatamente, os profissionais da clínica fizeram todos os procedimentos para tentar reanimar o garoto mas, não conseguiram. Segundo a clínica, não houve uso das substâncias conhecidas como ”contraste” e isso afastaria a hipótese de uma reação alérgica. O garoto Giberto será enterrado às 15h, na cidade de Utinga, onde morava com a família.