Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro (MG), apontado como patrocinador de um esquema de candidaturas de laranjas dentro do PSL, partido dele e do presidente Jair Bolsonaro, negou a possibilidade de se afastar do cargo para se defender das acusações. ”Não existe chance de me afastar. Tenho 100% de certeza que agimos dentro da Justiça Eleitoral”, disse em entrevista ao jornal SBT Brasil, que foi ao ar nesta segunda-feira (25). Reportagem da Folha publicada em 4 de fevereiro revelou que Álvaro Antônio, deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de quatro candidaturas de laranjas, todas abastecidas com verba pública do PSL. Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas e tinha o poder de decidir quais candidaturas seriam lançadas. As quatro candidatas-laranjas receberam R$ 279 mil da verba pública de campanha da legenda, ficando entre as 20 que mais receberam dinheiro do partido no país inteiro. Desse montante, pelo menos R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro. Não há sinais de que as candidatas tenham feito campanha efetiva durante a eleição.