Cara nova e somente um mulher. Essas são as principais características da Câmara de Vereadores de Jaguaquara, a partir de janeiro de 2013. A eleição de outubro teve dois pontos marcantes: uma grande transformação – já que 8 novos vereadores foram eleitos – e a redução da presença feminina nas 15 cadeiras da Casa . A única mulher que estará na vida pública é Marleide Novaes do PP, representante do Distrito Stela Dubois – Entroncamento de Jaguaquara, que volta à Câmara para exercer o seu segundo mandato. Marleide não conseguiu a reeleição nas eleições de 2008, após ter exercido o primeiro mandato – iniciado em 2005, mas obteve êxito no pleito desse ano, sendo eleita na coligação do prefeito eleito Giuliano Martinelli (PP), com mais de 1.300 votos. Marleide entra – mas outras duas mulheres vão deixar o Legislativo.
Estarão deixando os seus respectivos cargos, no dia 31 de dezembro, as vereadoras: Cirlei Novaes (PR) e Rita Portela (PP). Portela também esteve na coligação do Partido Progressista e faz parte da bancada situacionista na Casa – por ser aliada do atual prefeito Ademir Moreira (PMDB), que apoiou Martinelli para prefeito. Já a vereadora Cirlei Novaes, que também não conseguiu se reeleger, chegará ao final do mandato como ferrenha opositora da mesa-diretora da Câmara e do Poder Executivo, destacando-se por ser autora de denúncias que revelaram casos de irrgularidades na Prefeitura durante esse três anos e dez meses da gestão de Ademir. Considerada a ”pedra no sapato” do prefeito, Cirlei obteve forte votação, mas foi prejudicada ao se desligar da coligação do PSDC e se aliar ao PT, sem conseguir um número de votos suficiente para continuar no cargo. O diretório do PSDC local entrou na justiça para expulsar Cirlei da coligação, deixando-a numa situação difícil. Ela teria que conquistar aproximadamente 1700 votos para renovar o seu mandato, mas obteve quase 600.
Muita gente ainda não entende como pode um candidato receber uma grande votação e perder a vaga para outro com votação menor. O sistema que vigora no Brasil é o da proporcionalidade, ou seja, as vagas no parlamento são distribuídas em proporções que respeitam votos conquistados no conjunto, pelos partidos e coligações. Nos meios políticos da cidade, há quem diga que, para o Poder Legislativo, não foi algo agradável perder uma representante combativa e debatedora como Cirlei, que é admirada até pela oposição. Em contato com o Blog Marcos Frahm, Cirlei disse que não se afastará da política e voltará ao cenário em 2016. Nota original do Blog Marcos Frahm