Médico usava atestado de saúde falso para tirar licença do Estado e trabalhar em Prefeitura

Buscando apurar indícios de irregularidade no afastamento de servidores do trabalho, a Secretaria de Administração do Estado (Saeb) deflagrou a ”Operação Licença Médica”. A ação do Governo do Estado já identificou 145 servidores que pediram licença médica, mas atuavam em outras atividades remuneradas. Outros 381 trabalhadores ainda estão sob investigação. Segundo a Saeb, a legislação não autoriza que o servidor se afaste do Estado e continue trabalhando em outros vínculos empregatícios. A irregularidade foi constatada após a Corregedoria Geral do Estado (CGR) receber denúncias de profissionais que apresentavam atestados médicos seguidamente, passando um longo período sem trabalhar. A alegação era que estavam doentes. Na lista dos 526 servidores, a apuração detectou casos como o de um médico intensivista (especialista em Unidade de Tratamento Intensivo – UTI), que obteve 462 dias de licença no Estado, mas permaneceu trabalhando numa prefeitura do interior da Bahia. Para obter a licença médica, ele apresentou 10 atestados, sendo que uma perícia grafotécnica do Departamento de Polícia Técnica (DPT) constatou que três destes documentos são falsos. O laudo indicou que as assinaturas que aparecem nos atestados não são do médico que consta como quem subscreveu os documentos. Leia na íntegra