Com direito a honras militares e desfile cívico, o município de Cachoeira, no Recôncavo baiano, se tornou sede do Governo do Estado, neste sábado (25/6), pelo nono ano consecutivo. A cerimônia de transferência contou com a presença do vice-governador, João Leão, dos secretários estaduais da Cultura, Jorge Portugal, e da Educação, Walter Pinheiro, dentre outras autoridades. Após passar em revista à tropa, na Praça da Aclamação, Leão presidiu a solenidade. ”Este ato é uma das coisas mais importantes da Bahia, que é um celeiro de tradições. E Cachoeira é uma das cidades que despontam em primeiro lugar. Nos sentimos muito honrados de estar aqui fazendo este trabalho, levando adiante estas tradições para que isto continue”, disse o vice-governador, que também participou da Sessão Magna na Câmara Municipal. Em Cachoeira, no dia 25 de junho de 1822, foi antecipado o Grito do Ipiranga, que resultou na libertação baiana do domínio português, em 2 de Julho do ano seguinte.Para o secretário Jorge Portugal, a transferência da sede do Governo por um dia é uma forma de relembrar momentos importantes para a história baiana e brasileira. ”Estamos aqui recapitulando um fato histórico, que foi quando Cachoeira tornou-se capital da Bahia por conta do sitiamento da cidade de Salvador, por Bandeira de Melo. E aí, as forças de resistência vieram pra cá formar o exército que iria libertar definitivamente o Brasil de Portugal”. Vestidas especialmente para a ocasião, muitas crianças prestigiaram a cerimônia na frente da Câmara Municipal. Entre elas, Gabriel Souza, 13 anos. ”Quem vem pra cá [participar dos eventos ao 25 de junho] absorve mais conhecimento para ensinar às futuras gerações”. Como de costume, o hino ao 2 de Julho foi executado pela Banda da Polícia Militar da Bahia.