O deputado federal Cacá Leão (PP-BA) disse que votou contra a admissibilidade do processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (veja aqui), por não ter conseguido ler o relatório do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo no Conselho de Ética da Casa. ”A gente não teve tempo de conhecer o relatório. Tenho certeza que Marcos Rogério preparou uma peça muito bem feita, mas o Conselho de Ética atropelou o andamento do processo. Como vou votar algo que não li, que não conheço?”, questionou o parlamentar que é filho do vice-governador da Bahia, João Leão (PP), que também é citado nas investigações da Operação Lava Jato. Apesar de quase ter ajudado Cunha a se livrar do processo, Leão diz não fazer parte da tropa de choque do peemedebista na Casa. ”De jeito nenhum [defendi Cunha]. Não tenho relação com o presidente da Câmara, defendi o processo, o rito correto e acho que realmente o processo foi atropelado”, reafirmou. Ainda de acordo com Cacá Leão, ele é “membro da base aliada do governo” e, até o momento, nenhum integrante da administração da presidente Dilma Rousseff (PT) ligou para falar do voto dele. ”Ninguém do governo me procurou para saber do meu voto”, relatou. Além de Cacá, Erivelton Santana (PSC-BA) e João Carlos Bacelar (PR-BA) votaram contra a admissibilidade. O Bahia Notícias não conseguiu contato com os parlamentares.