Foto: Blog Marcos Frahm
No primeira quinzena dos trabalhos legislativos após o recesso, os vereadores de Jaguaquara não tem ficado muito tempo na cadeira em dias de sessão. Na semana passada faltou qórum, nesta segunda (13), todos os nove Edis compareceram ao plenário da casa. Mas, quem imaginava que os parlamentares fossem discutir os problemas administrativos da cidade, equivocou-se. Os vereadores fizeram uma sessão “relâmpago” que durou apenas 40 minutos. Foi o tempo suficiente para que o plenário ficasse completamente vazio, sem a presença de seus legítimos representantes. Segundo informes, foi apresentado um projeto do Código de Vigilância Sanitária, que ficou sem total atenção. Comenta-se que os vereadores não estão contentes com a decisão de suspender a transmissão ao vivo das sessões na única emissora de rádio da cidade.
Outra informação obtida pelo BMF é de que a medida vale até 7 de outubro e tem como objetivo evitar problemas jurídicos ao Legislativo por conta das eleições municipais. Segundo o diretor do Departamento Legislativo Nilson Nunes, as sessões continuarão sendo gravadas por um cinegrafista amador, mas apenas para registro em ata eletrônica. Em oportunidade anterior, o Presidente Raimundo Louzado teria revelado para a reportagem que a decisão partiu da Justiça Eleitoral, como forma de evitar que se confunda o uso da tribuna popular como uma maneira de pedir voto. Já o líder da oposição, Rosenildo dos Santos – Nildo Pirôpo, disse entender que trata-se de um período atípico, onde qualquer debate pode ser interpretado como pedido de voto, mas afirmou que haverá um prejuízo para a população que acompanha o trabalho da Câmara pelo rádio, principalmente os moradores da zona rural, que nos seus lares ficam sabendo dos constantes erros cometidos pelo Executivo Municipal e até mesmo pelo Legislativo. ”Sem a transmissão a nossa atuação fica sem sentido. A comunidade precisa saber o que nós vereadores estamos discutindo ou aprovando para beneficiar o município”, disse. Dos 09 vereadores, 08 são candidatos à reeleição e o Presidente é candidato a vice-prefeito. Além dos que tentam permanecer nos respectivos cargos, mais de 100 estão querendo ocupar um acento na Câmara.