O Ministério Público Federal (MPF) em Jequié (BA) realizou audiência pública para discutir a qualidade da Educação Básica no município de Brejões, no Vale do Jiquiriçá, na quarta-feira (22/7). A audiência cumpre uma das etapas do Projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc), que contribui, entre outras coisas, para a melhoria da infraestrutura das escolas, da merenda escolar e do desempenho educacional. Cerca de 200 pessoas, entre cidadãos, professores, alunos e diretores de escolas participaram da audiência realizada no Centro Pastoral Paroquial, no Centro da cidade. A mesa de abertura contou com a presença do procurador da República Flávio Matias, do prefeito de Brejões, Alan Santos; da secretária de Educação da cidade, Paloma Campos; dos presidentes dos Conselhos Municipal de Educação, Maércia Alves; de Alimentação Escolar (CAE), Edilson dos Santos; de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (CACS-Fundeb), Arádia Oliveira. Índice de Educação Básica das escolas da cidade – que em 2013 ficou em 3,4 para o 5 ano -; situação de violência nas escolas; inclusão de crianças com necessidades especiais; falta de vagas em creches municipais; condições salariais e formação dos professores; merenda escolar e oferta de programas educacionais nacionais, a exemplo do Mais Educação, foram os principais questionamentos feitos durante a audiência pública. De acordo com a secretária de Educação, ”a educação infantil tem procura, mas não tem oferta, já a fundamental tem oferta, mas não tem procura”. A secretária de Educação informou que, para ampliar a oferta de vagas para a educação infantil, o município vai solicitar, por meio do PAR, duas creches, sendo uma para a zona rural e outra para a sede do município, pois sabe-se que a quantidade de creches atualmente existente é insuficiente. Foram apontadas também deficiências no transporte escolar do município, a exemplo de falta de pagamento dos motoristas. Foram feitas críticas à qualidade dos alimentos oferecidos na merenda escolar. Sobre esse aspecto, Matias sugeriu que o CAE, pais de alunos e vereadores fizessem visitas in loco, sem prévio aviso, para verificar a oferta e qualidade da merenda escolar nas escolas da região. Detectadas irregularidades, Matias orientou que seja realizada uma provocação formal. De acordo com ele, essa fiscalização, ”pode e deve ser objeto de fiscalização pelo conselho, professores, pais de alunos e os próprios estudantes”, afirmou o procurador. Ainda segundo ele, o cardápio da merenda escolar deve estar acessível para todo cidadão.