A meta do governo brasileiro de acabar com os lixões a céu aberto até o ano que vem, imposta pelo chamado Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é apenas o começo de um dos grandes desafios do país no século XXI: agregar valor ao lixo, tornando-o economicamente viável. Para tanto, o Brasil, que ainda utiliza métodos primários na gestão do lixo sólido urbano, precisará se atualizar em tecnologias existentes. “A utilização de tecnologias mais avançadas é um assunto novo no Brasil. Nós demoramos muito para acompanhar o nível da inovação de Europa, Estados Unidos e Japão”, disse o pesquisador José Fernando Thomé Jucá, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Junto com 62 profissionais divididos em oito núcleos nacionais e internacionais, Jucá é responsável por um projeto de mapeamento e análise das diversas tecnologias de tratamento e destino dos resíduos sólidos no Brasil e no mundo. “Ainda estamos na época dos lixões, enquanto outros países têm dado destinos melhores e mais rentáveis ao lixo. Estamos há algumas décadas atrasados”, diz. Leia Mais.