RIO – A jornalista Beatriz Thielmann, da TV Globo, morreu neste domingo, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de um câncer no peritônio, aos 63 anos. O corpo deverá ser trazido nos próximos dias para o Rio de Janeiro e cremado. A repórter tinha mais de três décadas de carreira. Cobriu momentos importantes da História do país, como a promulgação da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, a eleição e a morte de Tancredo Neves, a Eco-92, a Rio+20 e a visita do Papa Francisco. Recebeu o Prêmio Ibero-Americano do Unicef por uma reportagem sobre turismo sexual infantil. “O meu jeito de ser jornalista é o inconformismo. Acho que nasci para buscar as coisas, para escutar, para falar. O meu estilo é o de ser repórter”, afirmou, em entrevista ao site Memória Globo. Na TV Globo, a jornalista passou pelos telejornais “Bom Dia Brasil”, “Jornal da Globo”, ”Jornal Nacional” ”Globo Repórter” além da “GloboNews”. Beatriz foi a primeira repórter da emissora a entrevistar Fidel Castro, em 1987. Ela viajou junto com o ministro das Relações Exteriores na época, Abreu Sodré, e mais uma equipe de sete jornalistas e colunistas. Era a única repórter de televisão. Nos últimos anos, a jornalista cobriu para o “Jornal Nacional” a morte de colegas, como Chico Anysio, José Wilker e Hugo Carvana. Acompanhou os preparativos para o debate entre os candidatos à Presidência da República, em 2014, no Projac. Leia mais.