Margareth Dalcolmo, pesquisadora e pneumologista da Fio Cruz, afirmou que o Brasil está atrasado há pelo menos seis meses com plano de logística para a vacina brasileira contra a Covid-19. A declaração foi dada na noite desta segunda-feira (14), durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.
”Deixamos de tomar providências do ponto de vista logístico, que poderiam ter sido iniciadas [antes]. Se sabemos que a vacinas começaram no período recorde de 8 meses, há 6 meses nós já deveríamos estar pensando, considerando a grande experiência do PNI brasileiro, deveríamos estar nos preocupando, quase um problema domestico: você se previne estocando agulhas, seringas e mais uma rede de frios absolutamente pronta para receber qualquer vacina”, disse a pesquisadora
Outro entrevistado da atração, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, também rechaçou o rótulo de que a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, se trate de uma ”vacina chinesa”, como vem sendo chamada principalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para Dimas, o rótulo foi colocado no imunizante contra a covid-19 com objetivo ”político e ideológico”.
”Primeiro, que não se trata de uma vacina chinesa, é brasileira, do Instituto Butantan. É uma vacina que será incorporada ao portfólio do Butantan. E, em nenhum momento, essa vacina será como outras, absolutamente 100% chinesa”, rebateu Dimas.