O presidente Jair Bolsonaro demonstrou nesta segunda-feira, em entrevista a emissora de TV BandNews, insatisfação com a ida do ministro da Educação, Abraham Weintraub, a uma manifestação no domingo, em Brasília. Segundo o presidente,
Weintraub, não foi ”muito prudente” nem deu ”um bom recado” ao ter participado do ato em favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro afirmou ainda que está ”tentando solucionar’ a situação do auxiliar, que chamou de ”problema”. De acordo com reportagem do Estado de S. Paulo, o presidente busca uma saída para que Weintraub deixe o governo de forma menos traumática possível.
Na entrevista, o presidente não foi questionado sobre a reunião que teve minutos antes com o próprio Weintraub. Integrantes do governo disseram a ministros do STF que o titular da Educação deverá ser demitido em um gesto de paz à corte.
Ao mesmo tempo, o presidente busca uma saída honrosa para seu ministro, como um cargo no Planalto ou uma função diplomática no exterior. Magistrados do STF acreditam inclusive que o ministro da Educação pode acabar sendo preso se continuar atacando as instituições, como tem insistido em fazer, conforme informou a coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
No domingo, 14), o ministro, sem citar os ministros da corte, voltou a usar a expressão “vagabundos”, termo usado por ele em referência aos magistrados do Supremo em reunião ministerial do dia 22 de abril.
A pressão pela saída de Weintraub aumentou após a revelação das declarações na reunião ministerial de 22 de abril, na qual chamou o ministros do Supremo de vagabundos e defendeu mandá-los para a prisão. As falas repercutiram mal no Judiciário, mas acabaram aplaudidas pela ala ideológica bolsonarista nas redes sociais