O imbróglio que envolve a Educação pública municipal em Irajuba parece estar longe de chegar ao fim. Professores da rede municipal vivem maus bocados, desde o início da atual gestão, com seus proventos em atraso. No primeiro semestre deste ano, alegando atraso de salários, os trabalhadores da Educação chegaram a entrar em greve, e só voltaram às atividades após acordo da Prefeitura com a APLB/Sindicato.
E uma nova paralisação não esta descartada pela categoria, que volta a reclamar de atrasos. Segundo informações, de docentes que preferem o anonimato, temendo retaliações, já são quase três meses de atraso salarial, e até a presente data, (20) de agosto, a gestão não tem sequer efetuado o pagamento da folha salarial do último mês trabalhado pelos servidores que compõem a folha de pagamento, cujo valor é de R$ 505.000,00. Uma assembleia geral convocada pelo sindicato que representa a classe está marcada para a próxima quinta-feira, para discutir o problema que, ao que tudo indica, é mais grave do que se imagina. Uma bola de neve que não para de crescer.
Acontece que a receita não cobre as despesas da área e, segundo a vereadora Jhully Portela, contatada pelo BMFrahm, há irregularidades com contratação de veículos, gratificações de servidores e outras despesas que estariam gerando déficit. A vereadora, inclusive, informou que prepara um relatório a ser encaminhado ao Ministério Público, apontando o que ela considera irregular. A redação não conseguiu manter contato com a Secretaria de Educação. Mesmo que não seja crítica, a situação é delicada. Por isso, o desafio é grande para o prefeito Jerônimo Souza, considerado nos meios políticos do Vale do Jiquiriçá como um dos gestores com sólido conhecimento técnico, e que de acordo com o que foi apurado é obrigado a fazer pagamento de um complemento à verba do Fundeb.
Há uma informação de que o prefeito estaria herdando herança maldita deixada pelo seu antecessor e padrinho político, Antonio Sampaio, de quem foi secretário na administração anterior. Diante da problemática, cria-se então a mobilização dos professores, que começaram procurar os meios de comunicação da região para tentar chamar a atenção para o caso. A gestão precisa esclarecer o que de fato enfrenta na luta com os professores. Ou Jerônimo debruça-se sobre o imbróglio ou terá mais problemas do que soluções.