Após voltar da Europa, onde acompanhou o governador Rui Costa (PT), o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas Boas, comentou sobre algumas negociações feitas na viagem para a área de saúde, entre elas a possibilidade de se ter um pólo farmacêutico. ”Os investidores trarão para a Bahia essa possibilidade. Não será só para o nosso Estado, mas também para todo o país, com possibilidade de exportar para países que temos acordo na América Latina e na África”, disse em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta terça (20/10). Segundo o secretário, já foi possível trazer a hidroxiuréia, um medicamento para anemia falciforme. ”Por só ter no Brasil, uma multinacional que detém o registro, ela não tem interesse em aumentar e consequentemente falta para a população. É um sofrimento enorme pra população afrodescendente. Tentanos fazer um acordo pra aumentar a produção, eles não quiseram, então fomos no mundo ver quem tinha a produção dessa molécula, e acordamos de eles virem produzir esse medicamento aqui junto com a Bahiafarma. Resolvemos então esse problema da população afrodescendente do Brasil de uma forma mais barata”, afirmou. Fábio Vilas Boas ainda reforçou que é um ganho pra saúde e pra população negra que sofre com a falta desse medicamenteo. ”A bahia é o local fora da África que mais sofre com a anemia falciforme, 21 vezes maior. Um caso para 650 nascidos vivos. Fora daqui, um para 25 mil. Temos de fato um núemero muito grande dessas pessoas que sofrem. Vamos criar um centro de referência da anemia falciforme, num lugar bacana, centro de especialidade com hematologistas, parque de imagem… É uma doença de baiano e de pessoas pobres 85% dos doentes de anemia falciforme estão incluídos no Bolsa Família, então são pessoas carentes”, falou.
