O líder da oposição no Legislativo Municipal, vereador Nildo Pirôpo (PT), criticou a forma como foi conduzida a discussão sobre a votação do Projeto ”antinepotismo”, proposto por ele Casa, e lamentou a reprovação da proposta. ”A noite começou bem na Câmara, com os colegas aprovando uma moção de aplausos para um comerciante da cidade, mas terminou com uma tristeza muito grande”, afirmou o petista, no início da manhã desta sexta-feira (24), em entrevista por telefone ao Blog Marcos Frahm. Segundo Pirôpo, o objetivo não era promover “caça as bruxas” ou criar constrangimentos na administração do prefeito Giuliano Martinelli (PP). Ele acredita que a aprovação criaria uma nova cultura política em Jaguaquara, fazendo com que a administração pudesse seguir à risca os parâmetros constitucionais acerca do nepotismo. ”A constituição não diz que é proibida a aprovação da lei na Câmara Municipal, mas como em Jaguaquara, tudo é diferente, acharam por bem fazer a vontade do prefeito, que estava preocupado com o Projeto. O nepotismo está enraizado na política da nossa cidade. Ao invés de empregar os parentes, que estão chegando até de outras cidades, o prefeito deveria cumprir com o que disse nos palanques, quando falava que iria pregar a moralidade, atacando o PT, que hoje ele diz que é aliado, afirmando que o partido tinha em Jaguaquara um candidato imoral’‘, bradou. O parlamentar disse que acreditava na aprovação do Projeto, mesmo tendo consciência de que o prefeito obtém maioria na Câmara. “Eu imaginava que uma proposta dessa natureza, visando moralizar a administração pública, seria aprovada sem maiores problemas, mas deu certo, os interesse prevaleceram. Sei que não estamos imunes aos equívocos, mas meu desejo, nesses três anos e meio que tenho pela frente, é fazer o correto. A população me reelegeu para legislar, e não pra tapear”, concluiu.
Foto: Blog Marcos Frahm