Enquanto a votação da CPI do Futebol e do aumento dos servidores seguiu o cronograma estabelecido pelos próprios deputados estaduais, chamou atenção o fato de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz o recesso dos parlamentares ter mais uma vez ficado de fora da pauta. De acordo com líderes da Assembleia Legislativa e o próprio presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, uma falta de entendimento entre as partes está atrasando a apreciação da matéria, que ainda não tem data definida para ser votada. A votação da PEC que pretende reduzir a regalia dos deputados estaduais de ficar em recesso por 90 dias passou a ser cozinhada em banho-maria, ao menos esse é o comentário nos corredores da AL. De acordo com Zé Neto, houve desentendimentos durante as tentativas de votação, o que teria atrasado a finalização. “Até agora a redução do recesso não foi votada porque ficou um conflito que precisa ser resolvido. A oposição quer votar a redução do recesso junto com o projeto que visa acabar com a reeleição para presidente da assembléia, mas Marcelo Nilo quer votar separadamente e ainda não houve entendimento”, disse o deputado. O dirigente petista se refere à PEC que propõe o fim da reeleição na Casa a partir de 2017, proposta pela bancada do PT, cujas formalidades, inclusive, já foram dispensadas. Já o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, atribuiu ao PT a demora da apreciação. “Não há impedimentos. O que falta é o PT concordar com a oposição. Eles só querem votar os projetos juntos, e isso eu não aceito, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra. É necessário que os deputados Zé Neto e Elmar entrem em acordo para que uma data de votação possa ser definida”,afirmou o presidente.
Foto: Blog Marcos Frahm