Uma confusão no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na tarde desta quarta-feira (3) envolveu os deputado Marcell Moraes (PV) e Eduardo Salles (PP), e o caso ganhou repentina repercussão na mídia baiana. Marcell Moraes, que desde 2016, quando se posicionava contra o projeto apresentado por Eduardo para regulamentação da Vaquejada no Estado, e aprovado na Casa, que demonstra não ter boa relação com Salles, que foi acusado de ter agredido fisicamente o verde. Marcell acusa Eduardo de ter lhe garguelado enquanto estava sentado. ”Fui garguelado covardemente pelo deputado Eduardo Salles e é bom que os eleitores dele saibam quem é o deputado, que pouco aparece, que faz um mandato pífio e ainda parte para agressão. Vamos colocar ele na comissão de ética para perder o mandato. Falta de decoro parlamentar”, acusa. O Blog Marcos Frahm captou áudio de entrevistas no início desta noite concedidas pelos depois parlamentares a uma emissora de rádio de Salvador, a Itapoan FM, quando Marcell disse ter sido agredido covardemente, fazendo afirmação de que Salles é um deputado de mandato pífio, que tem problemas familiares e que vai levar o caso a Comissão de Ética e pedir a cassação de Eduardo, conforme relato acima. Salles, em contato telefônico com a mesma emissora em programa jornalístico rebateu as acusações revelando que teria passado a manhã em sessão especial na AL-BA e que se ausentou para almoçar às 13h30, retornando às 15h, momento em que, segundo o pepista, Moares, que não estava presente de manhã, discursava com ofensas aos deputados da base do Governo os classificando de faltosos. Eduardo Salles ainda disse que foi impedido de falar na tribuna, pois outro oposicionista, Targino Machado (PPS), que defendeu Marcell na confusão, fazia discurso de encerramento da sessão. ”Eu tinha ido almoçar e quando cheguei por volta das 15h o deputado Marcell estava ofendendo os meus colegas e me ofendendo verbalmente. Ele não sabia que nós estávamos lá pela manhã e que teríamos saído para almoçar. O deputado está mentindo, pois ele não estava sentado, estava em pé na minha frente e não houve agressão física. Eu não usei a tribuna porque o deputado Targino estava encerrando a sessão e eu fui perguntar a Marcell o porque das ofensas a mim. É conversa fiada dele, gosta de aparecer. Eu sou atuante, eu corro atrás. Desde aquela questão da vaquejada, que eu venci ele lá, ele tem uma mágoa comigo. Não tenho problema familiar nenhum”, se defendeu Eduardo, concluindo com afirmação de que não teme que Marcell leve o caso adiante e que Maraes deveria usar nariz de palhaço e ir ao circo quando for para aparecer.