O ano de 2018 ainda não chegou, mas nos meios políticos da Bahia o ”assunto sucessão estadual” já é discutido entre lideranças políticas da capital e do interior. A base do governador Rui Costa (PT), está consolidada, segundo seus aliados. Para tanto, comentários nas rodas de conversa política dão conta de que, o PSD, que tem no Estado como presidente o senador Otto Alencar, partido que tem o maior número de prefeitos na Bahia, com 82 prefeituras administradas pela legenda, e ainda com a presidência da UPB e da Assembleia Legislativa, estaria ensaiando uma ruptura com o governo para uma possível candidatura a governador de Otto. O Blog Marcos Frahm conversou sobre o assunto, no último sábado (25), com o secretário de Relações Institucionais do Governo, o articulador político de Rui, e deputado federal licenciado, Josias Gomes (PT). O secretário, de forma serena, disse não acreditar em racha do governo com o PSD e que todos os partidos da base permanecerão ”com o propósito de trabalhar firme pela reeleição do governador”. Ele ainda falou da decisão do PSL de anunciar bloco independente na Casa Legislativa reivindicando cargos na gestão estadual. ”Nós temos uma base muito sólida. Evidente que na política nós temos muitas dificuldades e eu diria que é inerente na atividade política sempre buscar ter mais. É justo e é legítimo que os partidos busquem ter mais espaço no governo e nós procuramos fazer uma divisão daqueles que nos ajudaram a ganhar a eleição, que participem intensamente do governo. Mas no momento nós consideramos que as mudanças tenham afetado a relação harmônica que existe entre o governador e os deputados. Temos hoje na assembleia 43 deputados de 9 partidos da base e tenho clareza de que essa base se manterá unida e nós vamos para a eleição de 2018 com o propósito de, não só de reeleger o governador Rui Costa, mas de continuar tendo uma base de sustentação forte na assembleia e na câmara federal”, cravou.
Questionado se o nome de Rui é o mais forte do Partido dos Trabalhadores para disputar as eleições do ano que vem, Josias disse que o desempenho do chefe do Executivo baiano no cargo em meio a crises econômico-financeira e política lhe credencia a reeleição. ”Num momento de grandes turbulências econômicas e políticas e você se manter como o segundo maior Estado do Brasil em investimentos, não é uma coisa qualquer, é uma prova da vitalidade do ponto de vista econômico e do acerto do governador, desde o início, quando promoveu os ajustes para que não faltasse dinheiro para o essencial”, disse. Josias também comentou sobre a polêmica criada recentemente em Salvador diante da disputa entre a Prefeitura e o Estado pela paternidade do metrô. ”É uma obra de 13 anos e, ao longo desses anos, foi tentada a continuidade da obra, que só tinha a construção de 7 quilômetros. O que houve foi um erro na origem, pois em nenhum lugar do mundo, uma obra desta natureza é tocada por prefeitura. Em Salvador, era a prefeitura que tocava a obra e isso acarretou em atraso. Quando o governador Rui Costa exercia no governo Wagner o cargo de secretário da Casa Civil, ele se debruçou sobre o problema e foi buscar a solução. Essa solução passava pelo estado assumir o metro e, a partir dali, o processo de construção tomou outro rumo e é só ver quantos quilômetros de extensão nós teremos no final do ano. É uma obra que será a terceira de mobilidade do país e que é fruto do trabalho do governo do estado, porque os recursos do governo federal não passam de 30%. Ela é tão importante, a obra, que o próprio prefeito da capital está aplaudido”, afirmou.