Mesmo com uma lista de 28 políticos, dentre eles parlamentares, envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras, o deputado federal Arthur Maia defendeu seus pares e externou que a culpa é exclusivamente do Executivo. No almoço que consagrou o novo secretário de Urbanismo de Salvador, Silvio Pinheiro, ao Solidariedade, Maia se colocou a favor da reforma política. O parlamentar assume em 2015 a liderança do partido na Câmara dos Deputados. ”Assumo esse mandato em um momento muito difícil, porque o escândalo da Petrobras é um dos casos de corrupção mais impressionantes da República. Agora, a sociedade precisa saber que é uma responsabilidade exclusiva do poder Executivo, que nomeou seus diretores, seus cargos de confiança, responsáveis pela administração da empresa. Se eventualmente se tem parlamentares envolvidos que apurem e seja punidos, mas que fique clara que é uma situação construída pela presidente Dilma Rousseff e por seu grupo político”, completa. Os trabalhos da CPI da Petrobras no parlamento foram encerrados na última quinta-feira (18), com a aprovação por 19 votos a favor e oito contrários, ao relatório final elaborado pelo deputado Marco Maia (PT-RS) que recomenda ao Ministério Público Federal o indiciamento de 52 pessoas envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato. O parecer alternativo, porém, elaborado pelos oposicionistas não foi colocado em votação. ”Os novos depoimentos a partir da delação premiada devem mudar o curso das investigações”, aponta Maia.