Pouco após a confirmação da saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, Henrique Mandetta, seu sucessor na pasta, fez uma publicação no Twitter em que pediu ”oração” e desejou ”forças” ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Teich pediu demissão na manhã desta sexta (15), menos de um mês após substituí-lo no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No momento em que Teich anunciou sua saída, Bolsonaro participava do lançamento de uma campanha de conscientização contra a violência doméstica feita pelo Ministério da Mulher e da Família. O presidente estava acompanhado de sua mulher, Michelle Bolsonaro, dos ministros Onyx Lorenzoni e Damares Alves e não falou no evento.
A defesa do agora ex-ministro para que o país seguisse as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) a fim de brecar a proliferação da doença no país gerou atrito com Bolsonaro, que é a favor da tese de que a economia não pode parar e que apenas uma parcela da população deveria ficar em isolamento.
Na última segunda (11), Teich foi surpreendido ao descobrir, durante uma coletiva, que Bolsonaro havia publicado no Diário Oficial um decreto que estendeu entre os serviços essenciais durante a pandemia o funcionamento de academias e salões de beleza.
O apoio público do presidente para o uso da cloroquina no tratamento contra o coronavírus também foi outro motivo de discordância entre os dois. Em uma publicação no Twitter, Nelson Teich chegou a fazer uma alerta sobre as contraindicações do medicamento. Ao ser questionado sobre o posicionamento do então auxiliar, o presidente disse que ministros são indicações políticas dele e que devem estar ”afinados” com suas ideias. Com informações da GloboNews e do portal UOL