O ano de 2021 vai chegando ao fim, marcado por incertezas, perdas, inovações. Mesmo com a retomada das atividades depois de quase dois anos de pandemia, o comércio ainda sente os reflexos das restrições e da alta da inflação no país.
Em Jaguaquara, município do Vale do Jiquiriçá e principal responsável pela economia no território o comércio enfrenta, além dos reflexos da pandemia e inflação alta as demissões e atrasos de salários por parte da gestão pública municipal, que teria demitido centenas de servidores contratados, muitos dos quais sem receber os seus proventos.
Nas ruas da cidade, os relatos dos cidadãos, sejam eles consumidor, lojista, empregado ou empregador são de dificuldades, de sumiço do dinheiro no mercado.
O setor de bares e restaurantes seria o maior prejudicado, pois apesar da autorização para apresentações musicais, o que não ocorria desde março de 2020 por conta da pandemia, os proprietários dos estabelecimentos tem revelado diminuição do público diante da crise.
Um comerciante ouvido descartou que o medo de infecção do Coronavírus não seria o problema, ao comentar a ausência de público, atribuindo à crise nacional e demissão local, já que, segundo ele, a Prefeitura tem divulgado números avançados de pessoas vacinadas contra Covid-19: ”bares e restaurantes representam um setor importante para a economia e movimentam a Cultura. Com a crise, não conseguimos atrair grande público nem com grandes atrações”, disse o comerciante.
Uma das missões da prefeita Edione Agostinone (PP) em 2022 será equacionar as contas da Prefeitura, evitar o inchaço da maquina pública com contratações excessivas de servidores sem concurso público para tentar mudar a cultura das gestões anteriores, de deixar a situação fiscal crítica no afã de fechar as contas no fim de ano.