O Projeto de Lei Nº 004, que foi enviado a Câmara de Jaguaquara pelo Poder Executivo, rendeu críticas e manifestações contrárias a decisão do prefeito Giuliano Martinelli (PP), que propôs ao Legislativo aprovação da fusão das secretarias de Cultura e Educação. A sessão de sexta-feira (15/5) marcou reação da APLB local contra a proposta, que veio à tona após publicação no Blog Marcos Frahm – relembre aqui. A professora Wilma Martins foi a Câmara e fez uso da tribuna, repudiando veementemente o Projeto de Lei e aplicando duras críticas a Secretaria Municipal de Educação. A líder sindicalista disse que a classe dos professores vem travando luta contra a administração por reajuste salarial, mas que as reivindicações, infelizmente, não estão sendo atendidas. Criticou o que considera de alto número de professores contratados, sem a realização de concurso público e bradou: ”a educação precisa de mais atenção. Se uma secretaria não suporta a estrutura que possui, como é que vai suportar outra secretaria? Pedimos aos vereadores que não aprovem esse projeto”. De acordo com o presidente da Câmara, Élio Boa Sorte Fernandes (PP), antes da sessão a Câmara teria recebido ofício do prefeito suspendendo, o Projeto, que teria sido protocolado na Casa e permanecia em caráter de análise nas comissões. Na sessão anterior, um dos líderes do governo na Casa, vereador Francisnei Santos (PP), chegou a ser vaiado por professores e estudantes por ter se posicionado favorável a fusão da Cultura e Educação.
Curiosamente, o Projeto foi repudiado até por um integrante da base governista. O vereador Valdir Sousa (PHS) disse que, caso o Projeto do prefeito fosse encaminhado à pauta de votação, não teria o seu voto. O parlamentar criticou a secretária de Educação, Célia Alves, tendo afirmado que a titular da pasta lutou pela criação da Secretaria de Cultura, em ocasiões anteriores e que ”agora quer afundar a educação, afundar os professores”, disse o edil.