Morreu nesta quinta-feira, aos 92 anos, Zilah Wendel Abramo, uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT). Socióloga de formação, Zilah teve a vida dedicada à luta por direitos humanos no Brasil, sobretudo durante os anos em que a ditadura militar vigorou no País. Foi uma das vozes mais ativas dentro do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), sociedade civil independente formada a partir de 1978 com o objetivo de coordenar os esforços em prol do movimento pela anistia ampla, geral e irrestrita dos atingidos pelos atos de exceção cometidos a partir de 1964. Formada pela Universidade de São Paulo, começou sua militância política no começo dos anos 1950, quando passou a integrar o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em 1952, se casou com o jornalista, professor e militante Perseu Abramo (1929-1996) – eles tiveram cinco filhos: Laís, Helerna, Mário, Marta e Bia. Na década de 1970, Zilah participou ativamente do movimento pela redemocratização do país e junto ao Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA-SP), em 1978. No começo dos anos 1980, foram dois dos mais atuantes fundadores do PT. Por 16 anos Perseu ocupou diversos postos de direção no partido. A Fundação Perseu Abramo foi instituída pelo PT em maio de 1996, dois meses após a morte do jornalista. Na ocasião Zilah foi indicada pelo partido para compor a primeira diretoria da fundação e dar continuidade aos projetos do marido. O velório será realizado nesta sexta (17/8,) das 9h às 15h, no Funeral Home. O enterro será às 17h no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, em São Paulo.