Embora ainda não tenha se recuperado da frustração pelo fato de não ter emplacado sua candidatura a uma vaga na Assembleia Legislativa nas Eleições 2022, o ex-prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), pode ser um dos grandes beneficiados com a nova conjuntura política na Bahia, a partir da aliança entre o seu partido, o PP, ou Progressistas, e o União Brasil.
Afilhado político do atual vice-governador, João Leão, e amigo pessoal do deputado federal Cacá Leão, ambos do PP, o ex-gestor, pode ter nesse novo cenário a possibilidade de pavimentar seu retorno à Prefeitura, da qual, alias, ainda não se desvinculou totalmente depois de dois mandatos consecutivos, apesar do ”aparente rompimento” com a prefeita Edione Agostinone, também do PP, pois, alguns de seus familiares e membros do alto da sua gestão permanecem empregados na máquina pública municipal.
Martinelli, que recentemente rompeu com o governador Rui Costa (PT) e com o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), importante liderança regional, motivo pelo qual sua pré-candidatura afundou, pode ganhar fôlego para 2024. A adesão de seu padrinho Leão à pré-candidatura de ACM Neto ao governo estadual, a qual já vinha apoiando desde 2021, inclusive, fazendo campanha abertamente poderá lhe recolocar no cenário político, com musculatura, caso Neto seja eleito governador.
Campeão de contas reprovadas, com 05 decisões desfavoráveis por parte do Tribunal de Contas Giuliano não deverá temer inegibilidade. A Câmara de Vereadores de Jaguaquara, em julgamento recente, contrariou parecer do TCM e aprovou contas reprovadas do ex-chefe do Executivo e, segundo fontes, o atual presidente do Legislativo, Nildo Pirôpo, do PP, tem lhe assegurado que não haverá dificuldades para aprovar as contas relativas ao exercício de 2020, seu último ano a frente da Prefeitura, caso a corte opine por rejeição.
*por Marcos Frahm