Até dezembro de 2021, antes da aprovação da vacina infantil, cerca de 20 mil crianças haviam sido imunizadas contra a Covid-19 de forma irregular. A informação foi repassada pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A vacinação para crianças de 5 a 11 anos só começou no Brasil nesta semana, com o imunizante da Pfizer produzido exclusivamente para essa faixa etária.
De acordo com o Ministério da Saúde, milhares de doses fora dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) podem ter sido aplicadas em crianças e adolescentes.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 2.400 crianças de 0 a 4 anos receberam doses protetoras, além de mais de 18 mil crianças de 5 a 11 anos. As informações estão disponíveis na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
O imunizante autorizado pela Anvisa para a vacinação de menores de 18 anos é o produzido pela Comirnaty/Pfizer. No entanto, milhares de doses de outros imunobiológicos foram aplicados em adolescentes e crianças em diversos estados brasileiros.
A AGU pede a suspensão de qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes prescritas no PNO e nas recomendações da Anvisa.