Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à presidência da República, foi considerado o pior senador do ano pela revista Veja. Apesar de ter feito campanha para sua candidatura durante as eleições, o veículo da Editora Abril deu nota zero para o tucano no chamado ”Ranking do Progresso”, divulgado pelo quarto ano consecutivo. A lista avalia a atuação de deputados federais e senadores de acordo com nove eixos principais. Para tanto, segundo a revista, ”são levadas em conta propostas de ajuste na legislação capazes de contribuir para um país mais moderno e competitivo, segundo a perspectiva de Veja e da Editora Abril”. Conforme os critérios adotados, Aécio Neves amargou o último lugar entre os parlamentares que compõem o Senado. A primeira posição ficou com Eduardo Amorim (PSC-SE), seguido por Lindbergh Farias (PT-RJ).
A revista traz algumas explicações para o fato. ”Muitos congressistas se lançaram na disputa para os executivos federal e estaduais. Isso trouxe pelo menos duas consequências: a) um número pequeno de deliberações no Congresso, se considerarmos como base o período 2011-2013; b) pouco trabalho feito por parlamentares que, em outro momento, teriam maior atuação nos processos decisórios do Legislativo”, consta na reportagem que apresenta o estudo, realizado em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon) do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj). A lista de senadores é liderada por Eduardo Amorim, do PSC-SE. Já na de deputados, quem está no topo são dois tucanos: o líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), e Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas Gerais. A revista aponta que, no ranking deste ano, há “maior equilíbrio entre parlamentares do governo e da oposição na Câmara Federal”. Dos 20 mais bem colocados, sete pertencem aos quadros da dupla PSDB/DEM, mesmo número dos filiados aos partidos aliados ao governo PT/PMDB.