A população usuária da BR-116, em especial os moradores dos municípios localizados na região em que está localizado o trecho conhecido por “Serra do Mutum”, não pode e não deve continuar assistindo passivamente que vidas humanas façam parte de números, em estatísticas. O cidadão brasileiro paga uma infinidade de impostos e não recebe como contrapartida, dentre outros ítens, a sua garantia mínima de segurança. Milhares de acidentes ocorreram nesse trecho de estrada e muitos outros deverão acontecer, sem que algo de concreto seja feito para conter esse índice perverso de acidentes que ceifam prematuramente vidas humanas, além dos prejuízos materiais que causam, a todo o instante. Como se não bastassem o pagamento do IPVA e dos demais impostos que incidem sobre o preço dos veículos e seus insumos, o motorista ainda tem que pagar a tarifa de pedágio em praças dessa rodovia desde que passou para a administração privada. Não dá prá esperar por mais 10 ou 20 anos, para que seja duplicado esse trecho de estrada, entre Jaguaquara e Jequié. O número de acidentes, mortes e sequelados, atinge níveis de calamidade pública, de atentado à vida humana. A explicação de que um motorista perdeu o controle do veículo e provocou o acidente não convence mais. Estamos em ano de eleições gerais, estaremos votando em presidente da República, governador do Estado, senador da República, deputados federais e estaduais, vamos fazer valer o nosso voto independentemente de siglas partidárias ou de nossas simpatias e preferências, vamos fazer valer os nossos direitos de cidadão, nos fazer respeitados, exigir que algo seja feito já, para mudarmos esse quadro grotesco e, se assim não for, nos resta pedir a Deus para não sermos as próximas vítimas…
Por Wilson Novaes Júnior