Frente ao problema de arrecadação que os gestores de municípios baianos têm enfrentado, e com o agravante da baixa quantia que as cidades irão receber após uma repatriação com poucas declarações, ”a saída para os prefeitos é apertar o cinto”. É o que afirma o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro. Para o presidente, que está há seis meses no comando da UPB, ainda há uma falta de preparo das prefeituras para lidar com a questão financeira. ”No ano passado quase 50% das prefeituras baianas tiveram suas contas rejeitadas e nós entendemos que a falta de preparo de equipe que prestam consultoria para as prefeituras é que fazem com que essa rejeição seja tamanha. Estamos muito preocupados com isso”, disse Eures. A piora na arrecadação também aflige o gestor, que comenta que a única solução para os municípios é cortar gastos. ”Nas UPBs itinerantes nós estamos orientando os prefeitos a apertarem os cintos. Não tem outra medida a não ser apertar os cintos, apertar a questão da fiscalização mais rigorosa com o erário público para você evitar um desperdício mais gastos com a receita. Não tem outra medida a não ser essa”, ressaltou. Sobre os principais desafios enfrentados durante os seis meses como líder da entidade representativa, Eures revelou que ”o primeiro desafio foi a derrubada de veto do ISS. Nós conseguimos comandar todos os prefeitos da Bahia em uma grande marcha a Brasília. Além de participar da marcha anual da CNM [Confederação Nacional dos Municípios] o principal foco da nossa ida foi a derrubada do veto do ISS. Levamos 206 prefeitos e foi a maior quantidade de prefeito presente nessa marcha. E conseguimos depois bastante articulação, reunimos com a bancada da Bahia, com os senadores, com os deputados federais e derrubamos o veto. Acho que foi uma data histórica nesse pouco período de gestão. E a UPB Itinerante. Nós estamos levando a UPB para todas as regiões da Bahia, junto ao Tribunal de Contas, trazendo informações gratuitas para as equipes administrativas das prefeituras”.