A ausência de uma APS – Agência da Previdência Social no município de Jaguaquara foi assunto de debate na Rádio 93 FM. Com a presença de Christian Brito, chefe do setor de benefícios da Agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Jequié, a maior unidade da região, que esteve esclarecendo dúvidas sobre a Lei das aposentadorias, no programa A Semana em Revista, a falta da uma agência em Jaguaquara foi enfatizada durante o debate. Com quase 60 mil habitantes, a cidade não possui sede do INSS e os moradores precisam se deslocar a Jequié, município distante 53 km, para resolver questões relacionadas à Previdência Social, enfrentando os riscos que o trânsito oferece na Rodovia Santos Dumont-BR-116. Em 2009, a Câmara Municipal fez devolução de duodécimo no valor de R$ 100 mil para aquisição um terreno por parte do Executivo, adquirido na margem da BR-420, no chamado Trevo da Onça, na entrada da cidade, mas o projeto não foi concretizado. Por falta de agilidade da Prefeitura, na ocasião, obras particulares foram erguidas nas imediações do terreno que passou a ser condenado para a construção da sede do INSS, segundo informações.
O repórter Marcos Frahm, que trouxe à tona o assunto, criticou o ”espalhafato” feito pela Prefeitura de Jaguaquara à época, com a devolução do duodécimo para aquisição do terreno por parte da Câmara, na gestão do então presidente Valter Bispo Curinga (PCdoB), quando o chefe do Executivo era Ademir Moreira (PMDB). ”A frustração do povo jaguaquarense cresce todos os dias, todos os anos. Uma cidade como Jaguaquara, não contar com uma agência do INSS é algo desmotivaste. O município não consegue sediar nenhum órgão público regional e, com o passar do tempo, se vislumbra a falta de representatividade em Jaguaquara. Uma vergonha, isso. O terreno foi adquirido, pertence ao município, mas deixaram construir ao lado e depois a previdência teria sinalizado que, com o espaço reduzido para a construção da sede, a obra, por incrível que pareça, passaria a ter um valor de custeio mais alto do que o previsto, diante das dificuldades com o terreno fora dos padrões. E quem paga o pato é o povo, que continua vindo pra Jequié, enfrentando trânsito complicado, enquanto cidades de menor porte, como Itiruçu e Mutuípe contam com a agência”, lamentou Marcos Frahm. O servidor do INSS/Jequié, Christian Brito, disse ser realmente lamentável o fato de Jaguaquara não contar com a Previdência Social e afirmou ser perceptível, diariamente, o sofrimento de pessoas, inclusive com deficiências se deslocando a Jequié para tentar benefício. Ele ainda deu como exemplo o município de Maracás, com população estimada em 23 mil habitantes e que deve inaugurar, nos próximos meses, uma Agencia da Previdência Social. Christian preferiu não se aprofundar na confusão do terreno, assunto enfatizado pelo repórter Marcos Frahm, mas ressaltou que, hoje, não são tão burocráticas como antes as normas exigidas para instalação de uma agência.