Depois do desembarque da oposição, da perda de apoio entre aliados e do desconforto no PMDB, cresce a insatisfação na bancada do PT com a política de boa vizinhança mantida pelo Palácio do Planalto e pela direção petista com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) convocou uma reunião com deputados do PT descontentes para a noite de hoje. Já o peemedebista, fiel ao seu estilo de se defender atacando, afirmou ontem que é ”furado” acharem que ele vai cair antes de decidir sobre o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que promete fazer antes do recesso parlamentar, que começa em 22 de dezembro. Cunha disse ainda que ”não existe qualquer hipótese” de se afastar do cargo. ”Furado é achar que vou cair. Mais furado ainda é achar que não vou decidir (sobre o impeachment)”, afirmou Eduardo Cunha ao Globo, por meio de mensagem de texto. Ele disse que na semana passada arquivou sete outros pedidos e que faltam outros sete para avaliar, o que pode fazer a qualquer momento: ”Não sei (se será na próxima semana). Vai ser na medida do meu convencimento. O peemedebista ironizou as avaliações segundo as quais ele, isolado, pode cair antes e dar um refresco para a presidente Dilma. ”Todos os dias, faz quatro meses, esses mesmos articulistas falam que vou cair e estou aqui”, respondeu. Leia na íntegra