O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) autuou o laboratório da Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos (SP), pela ausência de farmacêuticos no local onde é produzida a fosfoetanolamina sintética. O composto tem sido utilizado por algumas pessoas como medicamento contra o câncer, mesmo sem eficácia comprovada. “O produto é feito em condições precárias, sem nenhum controle e sem garantia de que o produto é feito adequadamente, com qualidade. Não tem nenhuma condição, não tem responsável técnico, não tem farmacêutico, nem na produção, nem na dispensação [distribuição]. O medicamento é manipulado em um local inapropriado”, afirmou o presidente do CRF-SP, Pedro Eduardo Menegasso, em entrevista à Agência Brasil. ”Medicamento só pode ser manipulado em farmácia, então, é um negócio absurdo. Não tem a mínima condição de se produzir qualquer produto para consumo humano em um lugar daquele. Pior, a suposta fórmula fica guardada a sete chaves, na mão de um técnico, e esse técnico atende às pessoas e avalia a dose. Isso não existe, nem um pajé faz isso”, completou. Segundo o CRF, a USP terá até esta quinta-feira (5) para adequar o laboratório à produção da substância. Caso as modificações não sejam feitas, a universidade poderá ser multada.