Um suposto desvio de merenda escolar da Prefeitura de Salvador, causa rebuliço nos meios políticos da capital baiana nesta terça-feira (3/11). Conforme reportagem veiculada na noite desta segunda-feira em uma emissora de TV, um cidadão, que não quis se identificar, comprou um pacote de peixes em postas, no valor de R$ 18,50, e quando foi conferir a validade, constatou que o produto tinha venda proibida, e se tratava de um item da merenda escolar da rede municipal da capital baiana. Opositores do prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara Municipal criticam a administração pública local e cobram posicionamento, explicação da Prefeitura de Salvador. O líder da oposição na Câmara, Luiz Carlos Suíca (PT), afirmou que os peixes da merenda escolar sendo vendidos num mercado no Distrito Federal não o surpreenderam. ”A prefeitura precisa tomar uma posição, a polícia também. Isso é muito estranho! Há muitos anos a Secretaria de Educação de Salvador vem se envolvendo em escândalos: foi assim com a Pierre Bourdieu, no caso de Alexandre Pauperio também. A prefeitura precisa dar uma resposta verdadeira para a sociedade, o Ministério Público precisa também investigar”, disse. O secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, se pronunciou, na manhã desta terça-feira, em entrevista à Rádio Metrópole. Bellintani reafirmou que o caso está sendo investigado pela Secretaria de Educação. ”Eu vi essa denúncia, estamos buscando informações. Nós fizemos nos últimos doze meses uma compra de 13 mil quilos do peixe cação, pelo valor de R$ 208 mil. Desses, 70% ainda estão no nosso estoque, não foram sequer distribuídos. O resto foi distribuído para as escolas — quer dizer, não houve nenhum produto comprado pela Prefeitura que não tenha sido recebido e não há nenhum indício de desvio”, declarou.