Chamado de um dos ”maiores ladrões da história” de Jaguaquara, o ex-prefeito do município, Ademir Moreira (PMDB), irá à Câmara de Vereadores nesta sexta-feira (23/10) para rebater a acusação feita pelo edil Edenilso Luiz Brustoli, conhecido como Caneço, do PSL, durante discurso na tribuna em sessão realizada no último dia (2/10). Na ocasião, o parlamentar criticava o vereador e integrante da oposição na Casa, Nildo Pirôpo (PT), que teria afirmado que Jaguaquara não sofria com a crise e defendia o governo da presidente Dilma Rousseff. O governista Caneço disse que a crise chegou sim, e que ”o país enfrenta uma das piores crises econômicas pelo fato de ter um governo corrupto, que é o governo do PT, uma quadrilha lá no congresso”. E continuou, alfinetando o petista Pirôpo, e relembrando que o oposicionista, que criticou a atual administração de Jaguaquara, representada pelo prefeito Giuliano Martinelli (PP), também já exerceu cargo na Prefeitura, quando foi secretário de Finanças na gestão do ex-prefeito Ademir Moreira: ”o senhor, vereador Nildo, já fez parte do governo, foi secretário na época do ex-prefeito Ademir, um dos maiores ladrões da história desse município”, bradou Edenilso. A declaração do vereador gerou grande repercussão na imprensa baiana a partir de nota publicada no Blog Marcos Frahm. Mas Edenilso Luiz Brustoli se retratou, em contato com o blog, no dia seguinte e disse que não teve a intenção de sujar a imagem de Ademir. Mesmo com a retratação do vereador, Ademir Moreira enviou ofício à Câmara, solicitando ao presidente Élio Boa Sorte (PP) o espaço para se defender e a sessão desta sexta deve esquentar o clima na Casa com a presença do ex-chefe do Executivo, que terá o tempo máximo de 15 minutos para usar a tribuna e se defender da acusação. Ademir teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) nas gestões de 2011 e 2012 por irregularidades apontadas pelo órgão e, em 2013 e 2014, a Câmara de Jaguaquara seguiu o parecer do TCM e manteve a decisão do Tribunal. O vereador que o acusa foi um dos edis que opinaram pela reprovação.