Quando era criança, no caminho para a escola, ouvia uma voz que mencionava: ̶ Já vai passando a professorinha. Tratava-se de um vizinho, que teimava em articular tal profecia. Eu ficava extremamente irritada e imediatamente retrucava: ̶ Professora, nunca!
Naquela época, tinha a visão de que professor não seria a melhor profissão a seguir. O tempo foi passando e fui buscar especializar-me, estudar, perseguir a tão desejada qualificação profissional. De repente encontrei-me numa sala de aula e lembrei da frase que ouvia repetidamente, naqueles anos idos. Percebi, então, que aquela tão “temida”profecia se cumprira.
Hoje, quando entro em sala de aula, sinto-me inteiramente realizada profissionalmente e dei um novo significado àquele sentimento tão limitado perante tão grandiosa profissão.
Ser professor é um nobre ofício. Apesar de saber que estamos em uma sociedade em que não existe grande reverência à profissão de professor. De modo que se torna cada dia mais desafiador desempenhar tal papel.
Ainda mais por isso, desejo a todos que tem esse legado, muita força, determinação, ânimo, resiliência e, acima de tudo, muito amor. Pois ser professor é mais que uma profissão, é uma missão de vida!
Ensinar
é um exercício
de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre
jamais… Rubem Alves
Jaciara Santos é coach e coordenadora de processos.