O Fundo de Participação dos Municípios despenca e a crise financeira se agrava ainda mais para as prefeituras. A quinta feira (10/9), dia do mês em que chega a maior fatia do bolo financeiro, foi de sufoco para os prefeitos, que acordaram com as mãos na cabeça. E como diz o ditado: ”nada é tão ruim que não pode piorar”, os repasses do FPM, que vinham caindo desde o ano passado, apresentaram uma queda significativa de 32,78%, em comparação com a mesma data do ano de 2014. Com as receitas em queda livre, os municípios ficam com o equilíbrio econômico-financeiro comprometido, fato que pode resultar, inclusive, em atraso no pagamento das despesas com fornecedores, obrigações trabalhistas e folha de servidores. Segundo o contador especialista em Contabilidade Pública da SimCon Contabilidade, Moacir Bernardino, em contato com o Blog Marcos Frahm, a fase em que os municípios estão mergulhados é cruel, pois a queda da arrecadação descontrola as contas públicas e coloca o setor financeiro das prefeituras em situação preocupante. O contador cita como exemplo o município de Jaguaquara, o maior do Vale do Jiquiriçá, que recebeu o valor de R$ 1.114.622,83 em 10 de setembro de 2014 e o valor de 10 de setembro de 2015 caiu para R$ 749.276,28; Itaquara: R$ 303.988,04 em 2014 para R$ 204.348,08 em 2015 e Santa Inês: de R$ 405.317,39 para R$ 272.464,11 em 2015. Fala também que os cortes nas despesas municipais devem ser cada vez maiores, principalmente nos contratos de pessoal, para que sejam cumpridas as exigências legais, principalmente as contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal. Há quem diga, que só sobrevivem à crise gestores maleáveis, habilidosos e com grande poder de argumentação para convencer os munícipes. Para não ter problemas com o Tribunal de Contas, só resta aos prefeitos demitir parte dos funcionários contratados. Aqueles que ainda não fizeram, vão fazer, mais cedo ou mais tarde.