O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, saiu em defesa pela permanência da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Impeachment por corrupção, ”pelo que vi até agora, não tem cabimento”, afirma Setubal, uma das vozes mais influentes do empresariado brasileiro. ”Pelo contrário, o que a gente vê é que a Dilma permitiu uma investigação total sobre o tema”. Outro argumento usado pela oposição, as manobras para melhoras as contas do governo, conhecidas como pedaladas fiscais, poder ”merecer punição”, mas não são “motivos para tirar a presidente”, disse o banqueiro em entrevista à Folha de S. Paulo. Maior banco privado do país, o Itaú foi fortemente hostilizado pelo PT na campanha presidencial de 2014. Na visão do presidente do banco, tirar a presidente do poder agora ”criaria uma instabilidade ruim para nossa democracia”. Na semana passada, entidades do setor econômico fizeram manifestações públicas pela estabilidade do país.